Podemos dizer que o Iron Maiden carrega uma considerável parcela da história do heavy metal através das décadas como poucas bandas de rock – e até mesmo de outros estilos – fazem. Hoje, o e rock se divide em inúmeras vertentes e ainda briga por espaço na cabeça de novas gerações com ritmos como o pop e o R&B no exterior, além do samba, pagode, funk e sertanejo aqui no Brasil. Mesmo assim, o heavy metal segue fazendo a cabeça de uma parte da garotada, seja por influência de algum parente mais velho, de um amigo ou procurando um vídeo no Youtube. 

Vamos conhecer mais sobre a história dessa banda que há mais de 40 anos mexe com qualquer geração e é cheia de histórias e curiosidades?

O surgimento do Iron Maiden

Em 1975, na cidade de Londres, na Inglaterra, o baixista Steve Harris decidiu formar uma nova banda após integrar as bandas Gypsy’s Kiss e Smiler. Na cidade do Big Ben se juntou a Paul Day (vocais), Dave Sullivan (guitarra), Terry Rance (guitarra) e Ron Matthews (bateria) no que foi a primeira escalação do Iron Maiden. 

Qual o significado do nome da banda?

O nome da banda britânica veio de um instrumento de tortura medieval que aparece no filme O Homem da Máscara de Ferro, baseado na obra de Alexandre Dumas. Iron Maiden, ou Dama de Ferro também era um dos “apelidos” da famosa ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher.

Um começo com muitas mudanças

Logo após o início já vieram as primeiras mudanças. Paul Day saiu da banda para dar lugar a Dennis Wilcock, que trouxe consigo o guitarrista Dave Murray – que acabou saindo logo depois por culpa de uma discussão com o próprio Dennis.

A guitarra, por sinal, foi um problemão para a banda. Até 1977 passaram por ali, além dos já citados, Bob Sawyer e Terry Wapram. Essa oscilação da banda ainda repercutiu na troca de bateristas, quando Ron Matthews deu lugar a Barry Graham, também conhecido como Thunderstick. Tony Moore, o novo tecladista, durou apenas um show. 

A volta de Dave Murray e mais mudanças acontecem

Steve Harris decidiu ir atrás de Dave Murray e o convenceu a voltar para a banda. Com isso, Terry Wapram, que não queria dividir a guitarra com mais ninguém, acabou sendo tirado e uma nova onda de trocas se sucedeu. Dennis Wilcock não compareceu a um show e se recusou a participar dos ensaios da banda e Thunderstick deu lugar a Simpson. Ufa, quanta mudança, não é? E tudo isso aconteceu em três anos!

O primeiro álbum

Em 1980, finalmente o grupo conseguiu lançar o primeiro disco. Intitulado com o nome da banda, foi um sucesso na terra da rainha e ocupou a quarta posição nas paradas musicais inglesas. Com isso, o Iron passou a abrir alguns shows da turnê de bandas hoje em dia consideradas clássicas, como Judas Priest e Kiss. O sucesso da banda estava se consolidando.

Eddie, o mascote

Eddue está com a banda desde a sua criação. A máscara, que possui o formato de uma caveira, costumava ficar embaixo da bateria enquanto alguns shows rolavam, soltando no baterista uma tinta de cor avermelhada pelo nariz. O seu nome, Eddie the Head, se dá por causa de uma piada que existe na Inglaterra sobre um garoto sem corpo.

A partir desse sucesso, Derek Riggs criou uma nova arte de uma caveira, imortalizando Eddie em mais de 15 discos da banda e em todos os singles lançados (com exceção de “Wasting Love”), tornando-se uma das primeiras imagens que lembramos quando o nome Iron Maiden é citado.

Entrada de Bruce Dickinson

O Iron estava começando a se tornar uma banda reconhecida mundialmente, fazendo a própria turnê de shows internacionais e gravando o álbum ao vivo Made in Japan. O atual vocalista na época, Paul Di’Anno, começou a se envolver com drogas e alcoolismo, obrigando os outros integrantes a buscarem uma nova pessoa para a função. Após alguns testes e audições, o escolhido foi Bruce Dickinson, que trouxe uma levada mais melódica para a banda, além do seu carisma e interação com o público.

O número da besta

O álbum The Number of the Beast, lançado em 1982, foi o primeiro trabalho do Iron com Bruce nos vocais e foi um enorme sucesso, tanto que é o disco mais famoso – e vendido – da banda até os dias de hoje. Estimam mais de 12 milhões de cópias vendidas

 Ao escutarmos o álbum, podemos conferir grandes hits da banda como “Run to the Hills”, “Hallowed Be Thy Name” e a faixa-título, um dos grandes hinos do heavy metal. Um fato engraçado, e que até ajudou na divulgação do trabalho da banda, foi quando alguns religiosos mais rigorosos da época acusaram a banda de práticas satanistas (não à toa, né?).

Iron no Brasil

As primeiras visitas do Iron Maiden no Brasil ocorreram no ano de 1984. Com o lançamento de Powerslave no final de 1984, que trouxe mais dois grandes hits – “Aces High” e “2 Minutes to Midnight” –, a banda fez mais de 300 apresentações pelo mundo, incluindo as primeiras em terras tupiniquins. Os shows dessa turnê serviram para o lançamento de Live After Death.

Curiosidades sobre o Iron Maiden

  • O trabalho No Prayer for the Dying é considerado por muitos fãs da banda como o disco mais fraco que o Iron produziu. Apesar das críticas, e de não ter gravado nenhum hit na cabeça dos fãs, o disco se destacou por “Bring Your Daughter… to the Slaughter”, composição de Bruce para o quinto filme da franquia A Hora do Pesadelo.
  • A banda já foi proibida de fazer um show no Chile. A Igreja Católica, preocupada com as apresentações da banda e de seus ideais ditos satânicos, pediu para o governo chileno intervir na apresentação. E foi atendida! Já imaginou se acontece hoje em dia?
  • Logo após a banda finalizar a gravação da música “The Number of the Beast”, Martin Birch, produtor do álbum sofreu um pequeno acidente de carro. E o conserto ficou em… exatamente 666 libras esterlinas.
  • Steve Harris é o principal compositor da banda, tendo escrito perto de 75% das músicas do Iron.

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