O que você acha da ideia de praticar suas manobras de skate em pleno mar?

Com o skimboard, uma modalidade que mistura manobras de skate com surf, essa ideia é bem possível. O esporte reúne adeptos de todos os cantos, contando com manobras radicais e alguns dos campeonatos mais irados do mundo.

Quer conhecer mais o skimboard? Caia na onda com a gente e continue lendo o post!

Da Califórnia para as praias do Brasil

Lá nos anos 20, os salva-vidas de Laguna Beach (Califórnia) estavam procurando uma forma de surfar na arrebentação das ondas que eram agitadas demais para uma prancha de surf normal. Foi então que um deles usou a sua boia para deslizar pela praia e chegar mais rápido a um ponto de salvamento. Surgia, ali, o skimboard.

No começo, as pranchas eram de madeira, mas foram evoluindo para o formato e o tamanho que temos hoje: menores e mais leves. Essa característica, inclusive, fez com que a novidade caísse no gosto da criançada.

O esporte veio para o Brasil nos anos 50, trazido por filhos de militares que moraram nos Estados Unidos, e não demorou a conquistar adeptos por todo o território nacional. A mistura de surf e skate caiu no gosto dos brasileiros e já soma mais de 10 mil skimboarders (amadores e profissionais) no país.

O que você precisa saber para entrar nessa vibe

De cara, você precisa saber que as pranchas são diferentes: para ganharem agilidade na hora de deslizar pela areia, as utilizadas no skimboard são menores. Além disso, elas não têm quilhas ou straps e são mais finas do que as de surf tradicionais.

Elas também são mais leves, feitas de fibra de carbono. Pra fechar, as quinas são afinadas por toda a extensão da prancha, o que garante mais estabilidade e precisão na hora das curvas.

Da mesma forma, o skimboard pode ser praticado usando as roundboards (um modelo de prancha redondo), conhecidas no Brasil como “sonrisal”, por causa do formato e do som que produzem ao deslizar pela praia.

A praia, aliás, não é o único cenário em que a prática das manobras é possível. A versatilidade desse esporte radical permite que existam modalidades realizadas em rios, lagos e até piscinas.

Caindo na água

Para praticar o skimboard, o atleta corre em direção ao mar e lança a prancha sobre a camada d’água. Depois, salta sobre ela para deslizar na água em direção à arrebentação das ondas e, por fim, volta para areia, ainda sobre a prancha.

Na prática, é quase como “surfar ao contrário” — o que rendeu ao esporte o apelido de “frus”. E, claro, não para por aí: agora vem a parte das manobras.

As manobras do skimboard

Há muitas manobras diferentes que podem ser feitas com o skimboard, e quem já vem do skate pode encontrar alguns nomes bem familiares entre elas. Algumas são aprendidas de forma rápida, mas outras exigem bastante treino.

Dá uma olhada na lista:

Spin

Trata-se de uma manobra para quem está começando: já na água, o atleta precisa se abaixar na prancha e usar uma mão para tocar a água, enquanto a outra é usada como remo para realizar um giro.

O segredo aqui é manter o seu equilíbrio, dobrando os joelhos para ajustar sua postura e garantir que a frente da prancha fique um pouco para fora da água. Se ela afundar, vai arruinar sua manobra. Com o tempo e a prática, dá para executá-la mesmo sem usar as mãos.

Ollie

Esse é um dos truques mais difíceis de aprender, mas, quando dominado, ele vai te dar um leque gigante de possibilidades. Para realizar o Ollie, o skimboarder deve correr bem rápido e pular na prancha, deslizando em linha reta pela água.

Depois, ele se abaixa, aliviando o peso do pé da frente e empurrando o pé de trás. Quase ao mesmo tempo, o atleta tem que saltar (e a prancha sobre junto com ele).

Shoot the Duck

Chegamos a um dos truques mais fáceis e divertidos para quem está começando no skimboard. No Shoot the Duck, o skimboarder se abaixa na prancha e estica a perna de trás à sua frente.

Para ganhar mais equilíbrio e estabilidade, a mão de trás segura a parte traseira da prancha. É bem comum que alguns atletas toquem a ponta do pé esticado para dar um maior grau de dificuldade à manobra. Depois, é só ficar de pé novamente para completá-la.

180 Flat Frontside e Backside

O 180 refere-se ao momento em que o skimboarder gira a prancha em 180 graus ainda na água. A manobra pode ser frontside — quando é realizada em direção ao pé da frente — ou backside, quando o giro é feito para o pé de trás.

O segredo para mandar bem é usar os quadris na hora de girar. Muitas pessoas usam a cabeça para guiar o giro, virando-a na direção do ombro de trás e deixando o corpo acompanhar o movimento natural.

Essa manobra, apesar de ser considerada ideal para iniciantes, é mais uma das que serve de degrau para o aprendizado de outras ainda mais iradas. Então, é importante que ela seja bem dominada.

540 Shuvit Frontside e Backside

Chegou a hora de separarmos os meninos dos homens e dar um gostinho do que vem para os prós: o 540 Shuvit. Obviamente, essa manobra é uma evolução de sua versão em 180 e 360, só devendo ser tentada quando essas variações já estiverem dominadas.

Para realizar a façanha — considerada apropriada para experts —, o atleta precisa dobrar os joelhos sobre a prancha e, então, saltar, mantendo-se sempre em cima dela. É preciso usar o pé para girá-la para frente (no caso do frontside) ou para trás (quando for backside).

skimboarder, a partir daí, deve se manter no ar por tempo suficiente para que a prancha complete o giro de 540° e, só então, pousar sobre ela.

E você? Acha que dá conta do desafio? Para praticar o skimboard, pegue sua prancha, a parafina e o protetor solar (não se esqueça dele) e caia na água!

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