Belo Horizonte contará com cerca de 350 blocos de rua neste ano, com um aumento de 30% de foliões em relação ao ano de 2016. Se antes o carnaval movimentava apenas as cidades do interior de Minas Gerais, o momento agora é outro: a capital atualmente reúne diversão para todas as idades.

Pop, rock, marchinhas… A festa é democrática e conta com opções para pessoas de todas as tribos. Conheça os 6 melhores blocos do carnaval de BH para curtir a folia e programe a sua festa desde já!

A evolução e os principais blocos do carnaval de BH

Há alguns anos, era impossível pensar em cidades tidas como referências de carnaval no estado de Minas Gerais e incluir BH na lista. Com pouca diversidade, as atividades na capital estavam praticamente adormecidas, enquanto municípios como Ouro Preto, Diamantina e Mariana ferviam com foliões.

A partir de 2009, entretanto, a própria prefeitura passou a incentivar movimentos carnavalescos e, com o auxílio da população, fez com que a capital se tornasse um excelente destino para quem quer festejar (especialmente jovens).

Com tantas opções, pode ser que o folião que não esteja antenado tenha certa dificuldade em se localizar e entender qual bloco pode se encaixar melhor em seu perfil.

Acompanhe, então, nosso guia de blocos do carnaval de BH e entenda de vez as características de cada um deles!

1. Juventude Bronzeada

A Juventude Bronzeada faz parte de uns dos primeiros blocos que ganharam força com o reflorescimento da festa belo-horizontina, a partir de 2009.

O trio original se formou antes do carnaval, mas passou a aceitar até músicos sem experiência para compor sua bateria — que conta com agogô, agbê, tarol, repique, surdos, tamborim e timbau. O som é diversificado e vai de canções antigas até sucessos de rádio atuais.

O bloco não recebe nenhum incentivo ou financiamento público. Ou seja: os próprios foliões contribuem para seu sucesso. No ano de 2017, o cortejo ainda se encontra em negociação com a Belotur e só terá a data e o local de saída divulgados na sexta-feira que antecede o recesso. 

2. Chama o Síndico

Já típico da noite de quarta-feira pré-carnaval, o bloco Chama o Síndico reúne as músicas de Jorge Ben Jor e Tim Maia, tocando-as com uma pegada mais atual e cheia de ritmo. A banda conta com 13 membros, que fazem shows durante todo o ano, e dezenas de musicistas que compõem a bateria no desfile.

Nascido em 2012, o bloco cresceu e ficou tão sério que em 2016 lotou o centro de BH, em um cortejo que desceu toda a Avenida Afonso Pena (principal da cidade). Hoje, conta com um crowdfunding poderoso para continuar as atividades.

3. Pena de Pavão Krishna

Ideal para os mais “transcendentais”, o Pena de Pavão Krishna (ou PPK) tem como principal objetivo promover e celebrar todos os tipos de espiritualidade “transversal e sem barreiras”.

O desfile, desde 2013, é feito no segundo dia de carnaval na capital. Seu nome é uma homenagem à canção “Trilhos Urbanos”, do cantor Caetano Veloso.

A vibe do bloco é completamente inspirada na cultura indiana e, antes dos ensaios e do cortejo, todos os participantes entoam o “ôm” em conjunto. O violino é um dos principais instrumentos utilizados, junto à percussão, sendo um de seus diferenciais. As músicas vão do pop brasileiro ao som do afoxé.

4. Bloco da Alcova Libertina

Você é do rock e acha que o carnaval de BH não tem nenhum bloco que possa te agradar? Pensou errado! O bloco da Alcova Libertina reúne milhares de foliões no domingo do recesso, propagando a rebeldia e a transgressão.

Formado por músicos de diversas bandas locais que se uniram aos artistas do ateliê da Alcova, o cortejo reinventa clássicos de bandas como Beatles, Led Zeppelin e Mutantes, transformando suas principais músicas em frevo e marchinhas.

Se você quer uma provinha do que é o verdadeiro carnaval de rua da cidade, aale a pena conferir!

5. Então, Brilha

Movimentando cerca de 40 mil pessoas, o já tradicional bloco Então, Brilha inicia seu cortejo no sábado de carnaval, sempre em frente ao Hotel Brilhante, que fica na Rua Guaicurus, região conhecida pela boemia intensa desde a criação da capital.

Nele, reinam os ritmos da Bahia: o axé é lei! O repertório vai desde Gonzaguinha e Xexéu até músicas do Olodum e de Ivete Sangalo. A regra é abraçar a diversidade e o lema é “gente é pra brilhar!”. 

As cores do bloco são, oficialmente, o rosa e o amarelo. Você vai se sentir em casa se optar por roupas nessas tonalidades, especialmente se forem cintilantes. O desfile acaba na Praça da Estação, onde se inicia a edição de carnaval da conhecida “Praia da Estação”.

6. Tchanzinho Zona Norte

“Cheguei! Estou no paraíso!”. Precisa dizer mais? 

O Tchanzinho traz de volta os amados ritmos que dominaram os anos 90, a infância e a adolescência de vários jovens, tendo como carro-chefe as músicas do grupo É o Tchan!, assim como canções do Asa de Águia, Gera Samba, Companhia do Pagode e Chiclete com Banana.

O grupo se concentra na zona norte da cidade, sendo que o cortejo tem início no bairro Dona Clara, na sexta de carnaval. De lá, o carro de som leva os foliões (de metrô!) até a Praça da Estação, seu destino final, onde encontra com o Bloco do Mundo e o Bloco Fúnebre.

A festa é para todos

Como você certamente já percebeu, o novo carnaval de BH é marcado pela diversidade e pelo respeito.

A maioria dos blocos mencionados faz ensaios abertos regularmente durante todo o ano e também participa de festas privadas por toda a cidade: a distância e a falta de tempo não são desculpas para não prestigiá-los.

Por isso, as redes sociais são as melhores aliadas para acompanhar as atividades de cada um deles. Conheça e apoie seus preferidos. O que não vale é deixar o carnaval de rua de BH morrer mais uma vez!

E então, gostou de saber mais sobre os principais blocos do carnaval de BH? Compartilhe este artigo em suas redes sociais (Facebook e Instagram) e convide os amigos para curtir a folia com você!